A pandemia que vivemos nos dias de hoje superalimentou o setor virtual e assim impulsionou o setor de compras online, inclusive, a realidade aumentada no retalho. Segundo o relatório da IBM US Retail 2020, a COVID 19 acelerou uma mudança para as compras no setor digital em cerca de 5 anos.

Aplicações de Realidade Aumentada

Por consequência as aplicações de realidade aumentada (RA) estão cada vez mais em voga e o facto de os consumidores conseguirem experimentar virtualmente produtos antes de os comprar, através de aplicações como a IKEA Place e a da Home Depot ou então aplicações ligadas ao setor de alto luxo, como é o caso da Louis Vuitton ou da Gucci, pode afirmar-se que esta tornou-se uma tecnologia interessante para o setor do retalho no que concerne ao auxilio da decisão de compra por parte do consumidor.

Realidade Aumentada no Retalho

Segundo um artigo publicado na Harvard Business Review (HBR), várias marcas estão agora a implementar a tecnologia de RA nas suas plataformas. Desde a Kendra Scott, uma marca de joias, até à Sephora ou à Ulta (marcas de cosméticos), que não permitem que os consumidores experimentem a maquiagem na sua pele e para solucionarem o problema recorrem à tecnologia de RA para os auxiliarem na decisão de compra.

Esse mesmo artigo da HBR refere que com através de uma pesquisa global da Nielsen em 2019, os consumidores elegeram a tecnologia de RA como uma das tecnologias que procuram para os auxiliarem nas suas rotinas diárias.

Hellen Papagiannis, uma conceituada autora na área da realidade aumentada onde projeta pesquisas de com esta tecnologia há sensivelmente 15 anos, refere que “a pandemia tem sido um catalisador para esta transformação digital”. Refere também que esta é a hora de líderes de retalho não só repensem o seu modelo de negócio como catapultem as experiências de compras imersivas para o futuro.

Realidade Aumentada em Portugal

Através de um estudo que realizei em Portugal, no ano de 2018 e que posteriormente foi apresentado numa conferência este ano, refere que numa amostra de mais de 80 pessoas das regiões de Porto e Braga, estas, estavam dispostas a comprarem um produto online através da tecnologia de realidade aumentada pois sentiam mais confiança de compra do que os atuais métodos de exposição do produto (fotos e vídeos).

Mediante os tempos que vivemos e o que ainda poderá acontecer, é sensato afirmar que ao colocarmos um negócio na internet (loja online), estamos num mercado global e em consequência poderá verificar-se que esta é sem dúvida a hora de empresas nacionais apostarem nestas tecnologias para se alavancarem para uma nova era que aí vem.